Momento "The Modern Age", então.... lá vai!
ATUALIZANDO.... Bem-vindo ao THE STROKES LOVERS BRAZIL! Resolvi criar esse blog por ter um amor especial por essa banda! Na verdade é um cantinho que era só meu, mas que agora gostaria de dividir com vocês! O objetivo é reunir informações, algumas fotos que tenho guardado durantes todos esses anos e etc.. Fiquem à vontade para curtir um blog recheado de notícias, curiosidades, fotos e muito mais!
domingo, 11 de dezembro de 2011
Ainda no Brasil... The Strokes - The Modern Age (Tim Festival 2005)
Se você perguntar qual é a minha música favorita dos Strokes, eu vou responder... TODAS!
Momento "The Modern Age", então.... lá vai!
Momento "The Modern Age", então.... lá vai!
Curiosidades sobre a primeira vez que a banda tocou no Brasil em 2005
Junho de 2005
"Oi, aqui é Ryan Gentles, empresário dos Strokes. Não sei se você sabe, mas estamos aqui diante de propostas para a banda excursionar pelo Brasil e pela América do Sul. Você pode me ligar em Nova York ou responder a este e-mail quando você tiver um tempo?."
Ligação retornada (caixa postal, recado na secretária) e email respondido. "Obrigado por responder. São tantas as ofertas que fica difícil saber qual a melhor para a banda aceitar. Não estamos falando de dinheiro não damos a mínima para dinheiro. Eu quero é fazer a melhor coisa para a banda, algo que não vá decepcionar os fãs que temos aí. Você já viu vários shows nossos, a banda conhece você. Então queríamos que você nos ajudasse a decidir o que é melhor para os Strokes. A gente não confia em palavra de gravadora. Eles têm os interesses deles."
Outubro de 2005
"Boa-noite, meus irmãos brasileirooos!" Da frase em português do emocionado baterista Fabrizio Moretti, assim que acabou o show de São Paulo no TIM Festival, até a outra "Você precisa ouvir essa banda", que veio em inglês de um emocionado amigo de Londres lá atrás, no comecinho de 2001, passaram-se pouco mais de quatro anos. Mas parece que já faz uns 20. Há 20 anos, o grupo nova-iorquino The Strokes, essa banda, deu uma sacudida tão forte no rock que voou grupos novos para todo lado. Grupos novos, revistas novas, lugares novos para sair, roupas novas.
Há 20 anos, o Brasil esperava por um show desse dinossáurico quinteto cuja média de idade é 25 e que finalmente visitou o país neste final de carreira, em 2005.
E é como se fizesse mesmo 20 anos. Porque hoje em dia, com a velocidade da informação potencializada a mil graças à internet, um grupo como o canadense Arcade Fire já é velho. Música nova vem agora de bandas como a americana Giant Drag que é nova até o mês que vem. E que, não será surpresa, vai estar no festival brasileiro do ano que vem também.
E, dessa era virtual que transformou o jeito de consumir música, e que criou a geração Napster, devoradora de MP3 tanto quanto de arroz e feijão, os Strokes são o primeiro grande fruto, pode-se dizer.
O grito de "Last Nite" que o vocalista Julian Casablancas deu em um bar sujo de Nova York no ano 2000 chamou a atenção de um produtor musical inglês que estava bebendo no lugar. O tal produtor, ao final da apresentaçãozinha tosca dos Strokes, chegou junto à banda e pediu uma demo tape. Logo, a demo estava em Londres, entregue pelo tal produtor a um tal amigo na gravadora Rough Trade. Logo, os Strokes embarcavam para a Inglaterra para lançar o single não para gravar o single. A Rough Trade decidiu não esperar para colocar a banda no estúdio. Usou a demo mesmo como um EP oficial. "The Modern Age" saiu em janeiro de 2001.
Do famoso show no festival do semanário New Musical Express, no mês seguinte, quando a febre Strokes começou, a uma capa do caderno Ilustrada da Folha de S.Paulo, levou pouco mais de dois meses. De repente, surgiu muito interesse nos Strokes. E isso dá medo. Mas ao mesmo tempo nos dá felicidade. "Não temos nada a perder!", disse em 2001 o baterista Moretti, em entrevista por telefone de Nova York, quando a banda só tinha três músicas. O primeiro álbum completo, "Is This It", ainda estava a oito meses de distância.
"É óbvio que não tenho do que reclamar. Mas eu perdi algumas coisas, sim. Pelo menos deixei de fazer coisas por ter sido tragado para uma vida em alta velocidade. Estes foram anos absurdos. Parece que eu vivi 20 anos em quatro", disse em 2005 o mesmo Moretti, em entrevista em Nova York, durante sessões de audição para a imprensa do terceiro álbum dos Strokes, "First Impressions of Earth".
A conversa agora aconteceu uma semana antes de a banda embarcar para o Brasil para uma turnê inédita de quatro apresentações essa que acabou de ocorrer. Exatamente um ano e duas semanas depois do último show do grupo, ainda pela turnê do segundo CD, "Room on Fire", álbum tão bom e tão cheio de vivacidade quanto o primeiro, mas já sem a absurda carga de hype que praticamente vinha estampada na capa de "Is This It". Mas, nesse papo recente em Nova York, com um disco novo já vazando pela internet e às portas dos concertos no Brasil, a palavra que estava presente no dia-a-dia da banda era uma só: tensão. "Cara, você não tem idéia do quanto estou nervoso com toda essa expectativa!", confessa Moretti. Eu e o Julian conversamos todo dia sobre essa turnê pelo Brasil. Fabrizio Moretti é brasileiro. Quer dizer: meio brasileiro. O pai, diretor de uma multinacional, levou o garoto para Nova York aos 4 anos. E exatamente há quatro anos ele fala em vir tocar no Brasil. E há quatro anos o TIM Festival tenta trazer sua banda para o Brasil. Fabrizio tem avó, tia, pai, primos e irmão morando na cidade em que nasceu, Rio de Janeiro.
Nos quatro anos e tanto que os Strokes foram assuntos no rock, qualquer entrevista para jornalista brasileiro vinha com a promessa de que shows no país iriam ocorrer, sim. Mas o "agora vai" nunca aconteceu. "Essa burocracia estúpida de gravadora sempre nos impediu de tocar no Brasil. Uma vez, no começo de 2003, pensamos em tocar durante nossas férias, armar por nossa conta, alugar os instrumentos e tocar em lugares pequenos. Não deu certo porque o Albert não poderia ir. Seriam shows família", revelou o baterista. Shows para a nossa família.
Agora, o "agora vai" foi. Os Strokes receberam em 2005 quatro convites oficiais para vir ao Brasil. TIM Festival, festival Claro Q É Rock, Curitiba Rock Festival e para uma turnê particular, provavelmente feito pelo grupo CIE. A opção final da banda pelo TIM Festival se deu 1) porque o evento quebraria seu padrão de exclusividade e permitiria que os Strokes tocassem em três lugares de importantes bases de fãs no Brasil; 2) para um público muito maior que os minguados 4 mil que os veriam no Rio antes de se confirmar o show extra e 3) por uma temporada carioca para a banda, que possibilitasse a Julian e Fabrizio uns dias perto dos parentes.
O ônibus de Julian
A banda desembarcou no Rio de Janeiro em 18 de outubro, três dias antes do primeiro dos shows no TIM Festival. De dia, os cinco Strokes ficavam 5 horas dentro de um estúdio de Jacarepaguá, ensaiando as músicas novas para os shows. À noite, jantavam na churrascaria Porcão e circulavam por bares do Rio, principalmente o Empório.
Fabrizio, quando não estava ensaiando, ou com a família, ou nos bares ou comendo empadinha de frango ("Cara, isso é melhor que toda a comida americana junta!"), passeava por Ipanema com a namorada, a pantera Drew Barrymore. "Ela é praticamente uma brasileira. Se sente à tão vontade com a minha família que às vezes eu penso que eles estão falando em português. Estivemos aqui há três anos, quando ela conheceu todo mundo. No dia que chegou, o Brasil tinha ganhado a Copa do Mundo e havia toda aquela festa na rua, gente alegre e bebendo. Ela disse: Acho que sei agora por que me apaixonei por você". Fabrizio está falando ótimo português. "Sempre pratiquei português com a minha mãe, por telefone, ela no Brasil, eu em Nova York. Fabrizio, ouvi dizer que está frio em Nova York. Não esquece a jaqueta quando sair!".
Julian, quando não estava ensaiando ou no Porcão ou em lugares como o Cristo Redentor, estava com os Casablancas. O vocalista dos Strokes pediu 40 ingressos da primeira noite do TIM e um lugar para estacionar um ônibus. Na platéia, a trupe de familiares e amigos brasileiros de Julian não parava de pular no show dos Strokes. Até os minúsculos Johnzinho e Fernando, meio-irmãos do cantor, subiam aos ombros para dançar. Faziam contraponto com a avó, de 72 anos, e a tia de Fabrizio, que comandavam a torcida do baterista, do outro lado.
Diferentemente do público e da imprensa, os Strokes não curtiram o primeiro show brasileiro, no Museu de Arte Moderna. Ou, pelo menos, gostaram bem mais do segundo, o do Armazém do Cais do Porto, incendiado por uma platéia em número igual, 4 mil pessoas, e com a média de idade bem mais perto da adolescência. "Ontem estávamos mais nervosos, travados, havia o pessoal da família. Não ia sair um show perfeito, mesmo. Mas serviu para nos confrontarmos com as músicas novas. Podemos dizer que na sexta elas deixaram de ser estranhas para nós. Deram-nos confiança de que o disco novo vai ser bom", disse Julian Casablancas, no hotel, horas antes do show no Porto, no sábado.
Enquanto o disco novo todo começava a aparecer na internet, a banda mostrava em primeira mão aos brasileiros, ao vivo, as canções "Hawaii-Aloha", "You Only Live Once", "Razor Blade", "Heart in a Cage" e "Juicebox." "O que é essa Hawaii-Aloha que vocês tocaram?", perguntei a Fabrizio no sábado, antes do show do Armazém. Ela não estava na audição do disco, em Nova York, duas semanas antes. "O que você achou? É uma música que nasceu de uma brincadeira e vamos usá-la como lado B de Juicebox. Vai se chamar ou Hawaii ou Aloha, não decidimos ainda", respondeu.
A conversa agora era entre Julian e Fabrizio. "Você viu que tinha gente que sabia cantar Juicebox?", perguntou o baterista. "O que me espantou mesmo foi ver uma menina cantar You Only Live Once com todas as palavras, respondeu Julian", começando um raciocínio. "Eu nem sabia que essa música já tinha vazado. É por isso que eu não posso ficar contra a internet. A gente depende de uma garota assim como ela, que vai no computador dela buscar uma música nossa na internet e depois vai ao nosso show para cantar junto com a gente. Talvez não estivéssemos tocando aqui no Brasil se aquela menina não baixasse música na internet. Enquanto ela não baixar o ingresso pelo computador, tudo bem para mim".
Durante o papo dos dois Strokes, o resto da banda chegava à suíte presidencial do hotel Caesar Park para uma entrevista para a MTV e uma sessão de fotos para a BIZZ. O guitarrista Albert Hammond Jr, filho do famoso compositor britânico, veio com um amigo. "Rapazes, tem alguém que quer conhecer vocês". E eis que entra o senhor Elvis Costello. Todos os Strokes sentados se levantam rapidamente. E acontecem os apertos de mão e o elogio mútuo. Costello marca uma cerveja em Buenos Aires, onde o artista e a banda tocariam depois do Brasil, e sai tão rápido quanto entrou.
Encontros dos Strokes com a velha geração do rock não são tão freqüentes, segundo os caras da banda. Tidos como emuladores do protopunk de Nova York, enxertado com sangue-novo dos anos 2000, os Strokes se encontrariam nos palcos do TIM Festival com uma espécie de avôs da banda, o veterano grupo Television.
"Nunca fui de ouvir muito Television", afirma Julian. Mas sei bem quem foi Tom Verlaine. "A primeira vez que eu me encontrei com ele foi agora, no aeroporto de Nova York ou no Brasil, não lembro. Me aproximei dele e disse: Oi. Ele respondeu, simpático: Oi. Acho que essa foi a relação de mais proximidade que pode ter havido em Strokes e Television". Assim Casablancas explicou os paralelos do velho e do novo rock.
Gripa?! Whatever...
Já estava chegando a hora do show do Cais do Porto, que ficou marcado como a melhor apresentação da banda no Brasil e também o que arrebentou a enferrujada garganta de Casablancas. Somada a uma gripe dos trópicos, Julian chegou baleado e reclamão ao palco do Anhembi, no domingo, no show paulistano da banda. E, ao microfone, soltou uma desculpa pelas escorregadas na voz que rendeu uma cena engraçada: "Estou com gripa", disse ele.
"Você acha que as pessoas perceberam que minha voz estava ruim?", quis saber, dois dias depois, durante o vôo para Porto Alegre, derradeiro destino da banda no Brasil. Respondi que, bem, não conhecia uma pessoa que não tivesse gostado de ver os Strokes em São Paulo. E que, se por um lado a voz estava prejudicada, ele tinha contado com um backing vocal gigantesco.
"E a história do gripa?", aproveitei para zoar. "Ah, whatever... Perguntei para alguém da produção como se falava quando a pessoa está fazendo atchim. Entendi que era gripa. Essa é uma palavra que existe em português?", indagou o vocalista, com um cachecol enrolado no pescoço, preocupado com a gafe internacional. "Não mesmo; gripa em português, eu desconheço". "Melhor assim " aliviou-se. "Poderia ser algum palavrão, de repente. Como, por exemplo, diarréia. Eu poderia estar dizendo ali no palco: Desculpem pela minha voz, mas é que estou com diarréia. Vai saber..."
Na própria terça-feira, um pouco antes do embarque para Porto Alegre, e uma vez que os Strokes são tão amiguinhos da internet e de quem baixa nela suas músicas, mostrei a Fabrizio, no iPod, que a garotada brasileira não brinca em serviço: "Escuta isso. Uma faixa do show de vocês no Rio, Hawaii-Aloha. Ontem já tinha umas cinco páginas de fãs brasileiros dos Strokes com faixas ao vivo e os vídeos extraídos da MTV".
"Você está brincando! Deixa eu ouvir... (ouvindo)... (ouvindo e batendo as mãos no ar como se estivesse na bateria)... Ficou bom, hein? Dá para adiantar até a parte em que eu solo? Albert, ouve isso!", convidou Fabrizio. Albert ouviu, achou normal. Fabrizio estava mais entusiasmado. "Posso ouvir mais uma vez?"
Eu sempre penso que o avião pode cair quando estou nele. Talvez seja por causa do seriado "Lost". "Nunca penso isso. Acho que ele nunca cairia comigo dentro, porque ainda tenho muito a fazer, viaja Fabrizio". Assim que o avião pousou na capital gaúcha, o que Fabrizio e os outros Strokes teriam a fazer era tentar escapar da recepção beatlemaníaca que os esperava no saguão do Aeroporto.
Aguardava a banda nova-iorquina um exército de fãs compostos de 90% de garotinhas Capricho e 10% de meninos-clones de Strokes. Depois de alguns minutos conversando com a segurança particular deles, que já estudava uma saída estratégica, a banda resolveu encarar. Os guitarristas Albert e Nick Valensi e o baixista Nikolai Fraiture passam ilesos. Mas o vocalista galã e o brasileiro pararam no bloqueio feminino.
Horas mais tarde, essas meninas, multiplicadas por milhares, eram as mesmas que obrigaram a segurança também a se multiplicar quando o grupo subiu ao palco, para segurar a grade que separava o público do palco. O fosso dos fotógrafos tinha mais seguranças que câmeras.
Os Strokes chegaram ao Pavilhão (um antigo hangar ao lado do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que agora serve a raves e a shows de rock), por volta das 22 horas. Todos, menos Julian, que ficou repousando no hotel por causa da gripa e só chegaria em cima da hora de a banda entrar em cena.
Fabrizio, Nick e Nikolai assistiram, na parte lateral do palco, à apresentação toda dos canadenses do Arcade Fire. "Acho que é a sexta vez que vejo o show deles. Nada no rock me bota tão para cima quanto um concerto do Arcade Fire", elogiou Fabrizio. Pouco antes de os canadenses fecharem sua passagem brasileira em pandemônio, os Strokes são avisados do horário e se trancam na tenda-camarim, montada à beira da rampa do palco. Julian chega de van, já vestido com o casaco estilo militar, em companhia de Ryan Gentles e de um segurança. Pára para dar um autógrafo a um dos integrantes do Acústicos & Valvulados, atração gaúcha que abriu a noite, e entra para a concentração.
Enquanto isso, no palco, o Arcade Fire estava terminando sua apresentação quando, na última música," Rebellion (Lies)", um dos integrantes subiu com um bumbo numa das altas armações laterais do Pavilhão. E ficou tocando longe da banda, por cima do público, bem longe do palco. Até que uns guris da platéia escalaram a parede também e ficaram dançando com o canadense no estreito corredor que ligava os pilares de sustentação do galpão. Enquanto o músico não descia, o resto do Arcade Fire ficou segurando a música só nos Uhhhhhhhs e Ohhhhhhhs vocais, na espera do retorno. O show canadense acabou em alta temperatura.
Assim que limparam o palco para a montagem do aparato sonoro dos Strokes, a temperatura tinha subido ainda mais. A gritaria quando qualquer roadie com aparência stroke surgia no palco era impressionante. Ondas humanas balançavam o público no pelotão da frente. E, nesse período, por duas vezes, Fabrizio saiu da tenda para fumar. "É inacreditável como essa vibe ainda contagia. Minhas pernas até tremem!", entregou, visivelmente nervoso demais para quem já tocou nos principais festivais europeus, americanos e japoneses.
Aconteceram dois shows dos Strokes em Porto Alegre. Um que só a banda viu, caótico, dando tudo errado, cheio de incidentes. E outro que o público conferiu: insano, intenso, cheio de energia. A cada final de canção, Julian corria até a bateria e tomava um copo de uísque... cheio de chá. Até a hora em que parei de contar, no meio do show, foram uns dez. Ele engolia e segurava a garganta, como se estivesse com dor. Fabrizio espancava e olhava para o cara da mesa de som, como se pedisse ajuda. Nick Valensi passou o tempo todo amaldiçoando a guitarra, até jogá-la para trás do palco, espatifando-a em duas. O que para a banda era um problema, para o público tinha cara de atitude rock'n'roll.
O programado, pela lista de músicas, era o show acabar na quarta música do bis, "I Can't Win", mas Julian deu o sinal de que não agüentava. Foram três. Os Strokes saíram do palco depois de "Reptilia", a grande explosão popular da noite, mais até que "Last Nite", que teve uma roupagem algo diferente no vocal e no andamento da bateria, em relação à conhecida versão do disco.
O show acabou. Julian saiu tonto, com a mão na garganta. Fabrizio quase caiu ao descer da bateria. O comportado Albert jogou a guitarra no chão. Nick espatifou sua segunda guitarra e chutou seu décimo cavalete, desceu à platéia e entregou seu instrumento para uns meninos no gargarejo, para que fosse destruído em segundos. A banda desceu a rampa do palco, entrou na van que e desapareceu ainda enquanto a galera aplaudia, talvez sonhando com mais um bis que não veio.
Nem 2 horas depois da confusão, os Strokes e os Arcade Fire bebiam caipirinha tranqüilos, uma atrás da outra, no bar do hotel Sheraton, em Porto Alegre. "Uma banda gosta da outra e já chegamos a tocar nos mesmos lugares, mas esta é a primeira vez que nos reunimos para nos conhecer", festeja o baixista Nikolai Fraiture, enquanto Fabrizio usa seu jeitinho brasileiro para arrastar os canadenses para uma balada. Logo, alguns Strokes e meio Arcade Fire eram pegos cantando Boooooooooorn to Be Wiiiiiiiiiild, no Ocidente, bebendo cerveja brasileira.
"Hoje à noite deu tudo errado, não? Foi nosso pior show no Brasil...", lamentou o baterista. Expliquei minha teoria da confusão rock'n'roll, que muitas vezes encanta o público. Ele riu, tipo concordando. Quase seis da manhã de quarta, 26, um sonado Fabrizio Moretti é devolvido pela van da BIZZ de volta ao hotel. Abre a porta do seu quarto e encontra no chão um papel com a programação futura dos Strokes. Manhã e tarde de folga, depois viagem para Buenos Aires. A aventura beatlemaníaca dos Strokes no Brasil, quando ele acordasse, iria acabar.
(matéria publicada na revista Bizz, edição 195, novembro de 2005. Autor: Lúcio Ribeiro)
"Oi, aqui é Ryan Gentles, empresário dos Strokes. Não sei se você sabe, mas estamos aqui diante de propostas para a banda excursionar pelo Brasil e pela América do Sul. Você pode me ligar em Nova York ou responder a este e-mail quando você tiver um tempo?."
Ligação retornada (caixa postal, recado na secretária) e email respondido. "Obrigado por responder. São tantas as ofertas que fica difícil saber qual a melhor para a banda aceitar. Não estamos falando de dinheiro não damos a mínima para dinheiro. Eu quero é fazer a melhor coisa para a banda, algo que não vá decepcionar os fãs que temos aí. Você já viu vários shows nossos, a banda conhece você. Então queríamos que você nos ajudasse a decidir o que é melhor para os Strokes. A gente não confia em palavra de gravadora. Eles têm os interesses deles."
Outubro de 2005
"Boa-noite, meus irmãos brasileirooos!" Da frase em português do emocionado baterista Fabrizio Moretti, assim que acabou o show de São Paulo no TIM Festival, até a outra "Você precisa ouvir essa banda", que veio em inglês de um emocionado amigo de Londres lá atrás, no comecinho de 2001, passaram-se pouco mais de quatro anos. Mas parece que já faz uns 20. Há 20 anos, o grupo nova-iorquino The Strokes, essa banda, deu uma sacudida tão forte no rock que voou grupos novos para todo lado. Grupos novos, revistas novas, lugares novos para sair, roupas novas.
Há 20 anos, o Brasil esperava por um show desse dinossáurico quinteto cuja média de idade é 25 e que finalmente visitou o país neste final de carreira, em 2005.
E é como se fizesse mesmo 20 anos. Porque hoje em dia, com a velocidade da informação potencializada a mil graças à internet, um grupo como o canadense Arcade Fire já é velho. Música nova vem agora de bandas como a americana Giant Drag que é nova até o mês que vem. E que, não será surpresa, vai estar no festival brasileiro do ano que vem também.
E, dessa era virtual que transformou o jeito de consumir música, e que criou a geração Napster, devoradora de MP3 tanto quanto de arroz e feijão, os Strokes são o primeiro grande fruto, pode-se dizer.
O grito de "Last Nite" que o vocalista Julian Casablancas deu em um bar sujo de Nova York no ano 2000 chamou a atenção de um produtor musical inglês que estava bebendo no lugar. O tal produtor, ao final da apresentaçãozinha tosca dos Strokes, chegou junto à banda e pediu uma demo tape. Logo, a demo estava em Londres, entregue pelo tal produtor a um tal amigo na gravadora Rough Trade. Logo, os Strokes embarcavam para a Inglaterra para lançar o single não para gravar o single. A Rough Trade decidiu não esperar para colocar a banda no estúdio. Usou a demo mesmo como um EP oficial. "The Modern Age" saiu em janeiro de 2001.
Do famoso show no festival do semanário New Musical Express, no mês seguinte, quando a febre Strokes começou, a uma capa do caderno Ilustrada da Folha de S.Paulo, levou pouco mais de dois meses. De repente, surgiu muito interesse nos Strokes. E isso dá medo. Mas ao mesmo tempo nos dá felicidade. "Não temos nada a perder!", disse em 2001 o baterista Moretti, em entrevista por telefone de Nova York, quando a banda só tinha três músicas. O primeiro álbum completo, "Is This It", ainda estava a oito meses de distância.
"É óbvio que não tenho do que reclamar. Mas eu perdi algumas coisas, sim. Pelo menos deixei de fazer coisas por ter sido tragado para uma vida em alta velocidade. Estes foram anos absurdos. Parece que eu vivi 20 anos em quatro", disse em 2005 o mesmo Moretti, em entrevista em Nova York, durante sessões de audição para a imprensa do terceiro álbum dos Strokes, "First Impressions of Earth".
A conversa agora aconteceu uma semana antes de a banda embarcar para o Brasil para uma turnê inédita de quatro apresentações essa que acabou de ocorrer. Exatamente um ano e duas semanas depois do último show do grupo, ainda pela turnê do segundo CD, "Room on Fire", álbum tão bom e tão cheio de vivacidade quanto o primeiro, mas já sem a absurda carga de hype que praticamente vinha estampada na capa de "Is This It". Mas, nesse papo recente em Nova York, com um disco novo já vazando pela internet e às portas dos concertos no Brasil, a palavra que estava presente no dia-a-dia da banda era uma só: tensão. "Cara, você não tem idéia do quanto estou nervoso com toda essa expectativa!", confessa Moretti. Eu e o Julian conversamos todo dia sobre essa turnê pelo Brasil. Fabrizio Moretti é brasileiro. Quer dizer: meio brasileiro. O pai, diretor de uma multinacional, levou o garoto para Nova York aos 4 anos. E exatamente há quatro anos ele fala em vir tocar no Brasil. E há quatro anos o TIM Festival tenta trazer sua banda para o Brasil. Fabrizio tem avó, tia, pai, primos e irmão morando na cidade em que nasceu, Rio de Janeiro.
Nos quatro anos e tanto que os Strokes foram assuntos no rock, qualquer entrevista para jornalista brasileiro vinha com a promessa de que shows no país iriam ocorrer, sim. Mas o "agora vai" nunca aconteceu. "Essa burocracia estúpida de gravadora sempre nos impediu de tocar no Brasil. Uma vez, no começo de 2003, pensamos em tocar durante nossas férias, armar por nossa conta, alugar os instrumentos e tocar em lugares pequenos. Não deu certo porque o Albert não poderia ir. Seriam shows família", revelou o baterista. Shows para a nossa família.
Agora, o "agora vai" foi. Os Strokes receberam em 2005 quatro convites oficiais para vir ao Brasil. TIM Festival, festival Claro Q É Rock, Curitiba Rock Festival e para uma turnê particular, provavelmente feito pelo grupo CIE. A opção final da banda pelo TIM Festival se deu 1) porque o evento quebraria seu padrão de exclusividade e permitiria que os Strokes tocassem em três lugares de importantes bases de fãs no Brasil; 2) para um público muito maior que os minguados 4 mil que os veriam no Rio antes de se confirmar o show extra e 3) por uma temporada carioca para a banda, que possibilitasse a Julian e Fabrizio uns dias perto dos parentes.
O ônibus de Julian
A banda desembarcou no Rio de Janeiro em 18 de outubro, três dias antes do primeiro dos shows no TIM Festival. De dia, os cinco Strokes ficavam 5 horas dentro de um estúdio de Jacarepaguá, ensaiando as músicas novas para os shows. À noite, jantavam na churrascaria Porcão e circulavam por bares do Rio, principalmente o Empório.
Fabrizio, quando não estava ensaiando, ou com a família, ou nos bares ou comendo empadinha de frango ("Cara, isso é melhor que toda a comida americana junta!"), passeava por Ipanema com a namorada, a pantera Drew Barrymore. "Ela é praticamente uma brasileira. Se sente à tão vontade com a minha família que às vezes eu penso que eles estão falando em português. Estivemos aqui há três anos, quando ela conheceu todo mundo. No dia que chegou, o Brasil tinha ganhado a Copa do Mundo e havia toda aquela festa na rua, gente alegre e bebendo. Ela disse: Acho que sei agora por que me apaixonei por você". Fabrizio está falando ótimo português. "Sempre pratiquei português com a minha mãe, por telefone, ela no Brasil, eu em Nova York. Fabrizio, ouvi dizer que está frio em Nova York. Não esquece a jaqueta quando sair!".
Julian, quando não estava ensaiando ou no Porcão ou em lugares como o Cristo Redentor, estava com os Casablancas. O vocalista dos Strokes pediu 40 ingressos da primeira noite do TIM e um lugar para estacionar um ônibus. Na platéia, a trupe de familiares e amigos brasileiros de Julian não parava de pular no show dos Strokes. Até os minúsculos Johnzinho e Fernando, meio-irmãos do cantor, subiam aos ombros para dançar. Faziam contraponto com a avó, de 72 anos, e a tia de Fabrizio, que comandavam a torcida do baterista, do outro lado.
Diferentemente do público e da imprensa, os Strokes não curtiram o primeiro show brasileiro, no Museu de Arte Moderna. Ou, pelo menos, gostaram bem mais do segundo, o do Armazém do Cais do Porto, incendiado por uma platéia em número igual, 4 mil pessoas, e com a média de idade bem mais perto da adolescência. "Ontem estávamos mais nervosos, travados, havia o pessoal da família. Não ia sair um show perfeito, mesmo. Mas serviu para nos confrontarmos com as músicas novas. Podemos dizer que na sexta elas deixaram de ser estranhas para nós. Deram-nos confiança de que o disco novo vai ser bom", disse Julian Casablancas, no hotel, horas antes do show no Porto, no sábado.
Enquanto o disco novo todo começava a aparecer na internet, a banda mostrava em primeira mão aos brasileiros, ao vivo, as canções "Hawaii-Aloha", "You Only Live Once", "Razor Blade", "Heart in a Cage" e "Juicebox." "O que é essa Hawaii-Aloha que vocês tocaram?", perguntei a Fabrizio no sábado, antes do show do Armazém. Ela não estava na audição do disco, em Nova York, duas semanas antes. "O que você achou? É uma música que nasceu de uma brincadeira e vamos usá-la como lado B de Juicebox. Vai se chamar ou Hawaii ou Aloha, não decidimos ainda", respondeu.
A conversa agora era entre Julian e Fabrizio. "Você viu que tinha gente que sabia cantar Juicebox?", perguntou o baterista. "O que me espantou mesmo foi ver uma menina cantar You Only Live Once com todas as palavras, respondeu Julian", começando um raciocínio. "Eu nem sabia que essa música já tinha vazado. É por isso que eu não posso ficar contra a internet. A gente depende de uma garota assim como ela, que vai no computador dela buscar uma música nossa na internet e depois vai ao nosso show para cantar junto com a gente. Talvez não estivéssemos tocando aqui no Brasil se aquela menina não baixasse música na internet. Enquanto ela não baixar o ingresso pelo computador, tudo bem para mim".
Durante o papo dos dois Strokes, o resto da banda chegava à suíte presidencial do hotel Caesar Park para uma entrevista para a MTV e uma sessão de fotos para a BIZZ. O guitarrista Albert Hammond Jr, filho do famoso compositor britânico, veio com um amigo. "Rapazes, tem alguém que quer conhecer vocês". E eis que entra o senhor Elvis Costello. Todos os Strokes sentados se levantam rapidamente. E acontecem os apertos de mão e o elogio mútuo. Costello marca uma cerveja em Buenos Aires, onde o artista e a banda tocariam depois do Brasil, e sai tão rápido quanto entrou.
Encontros dos Strokes com a velha geração do rock não são tão freqüentes, segundo os caras da banda. Tidos como emuladores do protopunk de Nova York, enxertado com sangue-novo dos anos 2000, os Strokes se encontrariam nos palcos do TIM Festival com uma espécie de avôs da banda, o veterano grupo Television.
"Nunca fui de ouvir muito Television", afirma Julian. Mas sei bem quem foi Tom Verlaine. "A primeira vez que eu me encontrei com ele foi agora, no aeroporto de Nova York ou no Brasil, não lembro. Me aproximei dele e disse: Oi. Ele respondeu, simpático: Oi. Acho que essa foi a relação de mais proximidade que pode ter havido em Strokes e Television". Assim Casablancas explicou os paralelos do velho e do novo rock.
Gripa?! Whatever...
Já estava chegando a hora do show do Cais do Porto, que ficou marcado como a melhor apresentação da banda no Brasil e também o que arrebentou a enferrujada garganta de Casablancas. Somada a uma gripe dos trópicos, Julian chegou baleado e reclamão ao palco do Anhembi, no domingo, no show paulistano da banda. E, ao microfone, soltou uma desculpa pelas escorregadas na voz que rendeu uma cena engraçada: "Estou com gripa", disse ele.
"Você acha que as pessoas perceberam que minha voz estava ruim?", quis saber, dois dias depois, durante o vôo para Porto Alegre, derradeiro destino da banda no Brasil. Respondi que, bem, não conhecia uma pessoa que não tivesse gostado de ver os Strokes em São Paulo. E que, se por um lado a voz estava prejudicada, ele tinha contado com um backing vocal gigantesco.
"E a história do gripa?", aproveitei para zoar. "Ah, whatever... Perguntei para alguém da produção como se falava quando a pessoa está fazendo atchim. Entendi que era gripa. Essa é uma palavra que existe em português?", indagou o vocalista, com um cachecol enrolado no pescoço, preocupado com a gafe internacional. "Não mesmo; gripa em português, eu desconheço". "Melhor assim " aliviou-se. "Poderia ser algum palavrão, de repente. Como, por exemplo, diarréia. Eu poderia estar dizendo ali no palco: Desculpem pela minha voz, mas é que estou com diarréia. Vai saber..."
Na própria terça-feira, um pouco antes do embarque para Porto Alegre, e uma vez que os Strokes são tão amiguinhos da internet e de quem baixa nela suas músicas, mostrei a Fabrizio, no iPod, que a garotada brasileira não brinca em serviço: "Escuta isso. Uma faixa do show de vocês no Rio, Hawaii-Aloha. Ontem já tinha umas cinco páginas de fãs brasileiros dos Strokes com faixas ao vivo e os vídeos extraídos da MTV".
"Você está brincando! Deixa eu ouvir... (ouvindo)... (ouvindo e batendo as mãos no ar como se estivesse na bateria)... Ficou bom, hein? Dá para adiantar até a parte em que eu solo? Albert, ouve isso!", convidou Fabrizio. Albert ouviu, achou normal. Fabrizio estava mais entusiasmado. "Posso ouvir mais uma vez?"
Eu sempre penso que o avião pode cair quando estou nele. Talvez seja por causa do seriado "Lost". "Nunca penso isso. Acho que ele nunca cairia comigo dentro, porque ainda tenho muito a fazer, viaja Fabrizio". Assim que o avião pousou na capital gaúcha, o que Fabrizio e os outros Strokes teriam a fazer era tentar escapar da recepção beatlemaníaca que os esperava no saguão do Aeroporto.
Aguardava a banda nova-iorquina um exército de fãs compostos de 90% de garotinhas Capricho e 10% de meninos-clones de Strokes. Depois de alguns minutos conversando com a segurança particular deles, que já estudava uma saída estratégica, a banda resolveu encarar. Os guitarristas Albert e Nick Valensi e o baixista Nikolai Fraiture passam ilesos. Mas o vocalista galã e o brasileiro pararam no bloqueio feminino.
Horas mais tarde, essas meninas, multiplicadas por milhares, eram as mesmas que obrigaram a segurança também a se multiplicar quando o grupo subiu ao palco, para segurar a grade que separava o público do palco. O fosso dos fotógrafos tinha mais seguranças que câmeras.
Os Strokes chegaram ao Pavilhão (um antigo hangar ao lado do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que agora serve a raves e a shows de rock), por volta das 22 horas. Todos, menos Julian, que ficou repousando no hotel por causa da gripa e só chegaria em cima da hora de a banda entrar em cena.
Fabrizio, Nick e Nikolai assistiram, na parte lateral do palco, à apresentação toda dos canadenses do Arcade Fire. "Acho que é a sexta vez que vejo o show deles. Nada no rock me bota tão para cima quanto um concerto do Arcade Fire", elogiou Fabrizio. Pouco antes de os canadenses fecharem sua passagem brasileira em pandemônio, os Strokes são avisados do horário e se trancam na tenda-camarim, montada à beira da rampa do palco. Julian chega de van, já vestido com o casaco estilo militar, em companhia de Ryan Gentles e de um segurança. Pára para dar um autógrafo a um dos integrantes do Acústicos & Valvulados, atração gaúcha que abriu a noite, e entra para a concentração.
Enquanto isso, no palco, o Arcade Fire estava terminando sua apresentação quando, na última música," Rebellion (Lies)", um dos integrantes subiu com um bumbo numa das altas armações laterais do Pavilhão. E ficou tocando longe da banda, por cima do público, bem longe do palco. Até que uns guris da platéia escalaram a parede também e ficaram dançando com o canadense no estreito corredor que ligava os pilares de sustentação do galpão. Enquanto o músico não descia, o resto do Arcade Fire ficou segurando a música só nos Uhhhhhhhs e Ohhhhhhhs vocais, na espera do retorno. O show canadense acabou em alta temperatura.
Assim que limparam o palco para a montagem do aparato sonoro dos Strokes, a temperatura tinha subido ainda mais. A gritaria quando qualquer roadie com aparência stroke surgia no palco era impressionante. Ondas humanas balançavam o público no pelotão da frente. E, nesse período, por duas vezes, Fabrizio saiu da tenda para fumar. "É inacreditável como essa vibe ainda contagia. Minhas pernas até tremem!", entregou, visivelmente nervoso demais para quem já tocou nos principais festivais europeus, americanos e japoneses.
Aconteceram dois shows dos Strokes em Porto Alegre. Um que só a banda viu, caótico, dando tudo errado, cheio de incidentes. E outro que o público conferiu: insano, intenso, cheio de energia. A cada final de canção, Julian corria até a bateria e tomava um copo de uísque... cheio de chá. Até a hora em que parei de contar, no meio do show, foram uns dez. Ele engolia e segurava a garganta, como se estivesse com dor. Fabrizio espancava e olhava para o cara da mesa de som, como se pedisse ajuda. Nick Valensi passou o tempo todo amaldiçoando a guitarra, até jogá-la para trás do palco, espatifando-a em duas. O que para a banda era um problema, para o público tinha cara de atitude rock'n'roll.
O programado, pela lista de músicas, era o show acabar na quarta música do bis, "I Can't Win", mas Julian deu o sinal de que não agüentava. Foram três. Os Strokes saíram do palco depois de "Reptilia", a grande explosão popular da noite, mais até que "Last Nite", que teve uma roupagem algo diferente no vocal e no andamento da bateria, em relação à conhecida versão do disco.
O show acabou. Julian saiu tonto, com a mão na garganta. Fabrizio quase caiu ao descer da bateria. O comportado Albert jogou a guitarra no chão. Nick espatifou sua segunda guitarra e chutou seu décimo cavalete, desceu à platéia e entregou seu instrumento para uns meninos no gargarejo, para que fosse destruído em segundos. A banda desceu a rampa do palco, entrou na van que e desapareceu ainda enquanto a galera aplaudia, talvez sonhando com mais um bis que não veio.
Nem 2 horas depois da confusão, os Strokes e os Arcade Fire bebiam caipirinha tranqüilos, uma atrás da outra, no bar do hotel Sheraton, em Porto Alegre. "Uma banda gosta da outra e já chegamos a tocar nos mesmos lugares, mas esta é a primeira vez que nos reunimos para nos conhecer", festeja o baixista Nikolai Fraiture, enquanto Fabrizio usa seu jeitinho brasileiro para arrastar os canadenses para uma balada. Logo, alguns Strokes e meio Arcade Fire eram pegos cantando Boooooooooorn to Be Wiiiiiiiiiild, no Ocidente, bebendo cerveja brasileira.
"Hoje à noite deu tudo errado, não? Foi nosso pior show no Brasil...", lamentou o baterista. Expliquei minha teoria da confusão rock'n'roll, que muitas vezes encanta o público. Ele riu, tipo concordando. Quase seis da manhã de quarta, 26, um sonado Fabrizio Moretti é devolvido pela van da BIZZ de volta ao hotel. Abre a porta do seu quarto e encontra no chão um papel com a programação futura dos Strokes. Manhã e tarde de folga, depois viagem para Buenos Aires. A aventura beatlemaníaca dos Strokes no Brasil, quando ele acordasse, iria acabar.
(matéria publicada na revista Bizz, edição 195, novembro de 2005. Autor: Lúcio Ribeiro)
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Julian Fernando Casablancas
Julian Fernando Casablancas (nascido em 23 de agosto de 1978) é o vocalista da banda The Strokes.
Julian escreveu todas as músicas dos álbuns, com apenas uma exceção: compartilha os créditos de Automatic Stop do Room on fire. Casablancas é conhecido por suas letras e por seu jeito de cantar, normalmente comparado a Lou Reed e, sua banda, ao The Velvet Underground.
Julian é filho do fundador da Elite Model Management, John Casablancas, e de Jeanette Chistiansen, uma modelo que foi Miss Dinamarca em 1965, mas confessa que não tem uma relação muito próxima com o pai e que raramente o vê. Quando muito jovem seus pais se divorciaram e ele foi para a Institut Le Rosey por ter problemas com bebida. Mais tarde, estudou na Dwight School em Nova Iorque. Julian e Nikolai Fraiture se tornaram amigos quando eles eram muito jovens. Ele conheceu Albert Hammond Jr. no Le Rosey e quando se transferiu para a escola Dwight School, conheceu o restante dos futuros integrantes do grupo, Nick Valensi e Fabrizio Moretti.
Atualmente é casado com Juliet Joslin, assistente empresarial da banda com quem tem um filho chamado Cal Casablancas.
Seu primeiro disco solo, chamado Phrazes For The Young, foi lançado em 30 de outubro na Alemanha de 2009, 2 de novembro no Reino Unido e 3 de novembro nos Estados Unidos. No Brasil, o álbum foi lançado no dia 13 de novembro.
Julian Fernando Casablancas (nascido em 23 de agosto de 1978) é o vocalista da banda The Strokes.
Julian escreveu todas as músicas dos álbuns, com apenas uma exceção: compartilha os créditos de Automatic Stop do Room on fire. Casablancas é conhecido por suas letras e por seu jeito de cantar, normalmente comparado a Lou Reed e, sua banda, ao The Velvet Underground.
Julian é filho do fundador da Elite Model Management, John Casablancas, e de Jeanette Chistiansen, uma modelo que foi Miss Dinamarca em 1965, mas confessa que não tem uma relação muito próxima com o pai e que raramente o vê. Quando muito jovem seus pais se divorciaram e ele foi para a Institut Le Rosey por ter problemas com bebida. Mais tarde, estudou na Dwight School em Nova Iorque. Julian e Nikolai Fraiture se tornaram amigos quando eles eram muito jovens. Ele conheceu Albert Hammond Jr. no Le Rosey e quando se transferiu para a escola Dwight School, conheceu o restante dos futuros integrantes do grupo, Nick Valensi e Fabrizio Moretti.
Atualmente é casado com Juliet Joslin, assistente empresarial da banda com quem tem um filho chamado Cal Casablancas.
Seu primeiro disco solo, chamado Phrazes For The Young, foi lançado em 30 de outubro na Alemanha de 2009, 2 de novembro no Reino Unido e 3 de novembro nos Estados Unidos. No Brasil, o álbum foi lançado no dia 13 de novembro.
Curiosidades:
- Apelido: "Julingus" foi o que ele disse numa entrevista, mas na verdade os amigos o chamam de Jules.
- Apelido: "Julingus" foi o que ele disse numa entrevista, mas na verdade os amigos o chamam de Jules.
- Julian conheceu Albert Hammond Jr. quando ambos frequentavam um colégio privado na Suíça e ambos confessam que, ao principio, não gostavam muito um do outro, no entanto isto mudou quando eles passaram a ser colegas de quarto.
- De dia, longe da cerveja, dos yuppies e de uma platéia, Casablancas, não é um rock star grosseiro. É bem quieto, quase tímido. Parece de verdade não gostar de falar sobre si ou sobre sua música, e fica incomodado pelo fato de que estranhos - jornalistas – sabem sobre sua vida privada. É um sujeito de difícil trato com a imprensa. Não gosta de dar entrevistas.
- Julian Casablancas, vocalista e letrista dos Strokes, deu um susto em seus companheiros de banda ao sumir por alguns instantes no meio da platéia de um show em Los Angeles. Empolgado, Julian inventou de cantar no meio dos fãs. Ele desceu do palco e pediu à equipe técnica que desenrolasse alguns metros a mais de cabo de microfone para que sua idéia pudesse se concretizar. De repente, banda, público e seguranças perderam Casablancas de vista. Antes que o pânico tomasse conta do Universal Ampitheater, eis que surge o cantor, já sem o microfone na mão e com dificuldade para atravessar a verdadeira horda de fãs que tentava levar o cara para casa. Irritado, ele gritava: “Eu amo vocês, mas tirem as mãos de mim, porra!” Em seguida, os guarda-costas colocaram Julian Casablancas de volta no palco.
- É o autor de todas as letras da banda (exceção de “Automatic Stop” do segundo álbum da banda). Foi aos 15 anos que Julian Casablancas começou a escrever suas primeiras músicas, baseando-se nos riffs dos Nirvana.
- Julian Casablancas, realmente enlouquece suas fãs. No meio musical o rapaz também tem suas admiradoras fiéis. Ele até ganhou uma música, “But Julian, I'm A Little Older Than You”, cuja autoria é Courtney Love, que parecia decidida a conquistar o rapaz.
Nikolai Fraiture
Nikolai Phillipe Fraiture (13 de novembro de 1978, Nova Iorque), apelidado Niko, é o baixista da banda novaiorquina The Strokes e tem um projeto paralelo chamado Nickel Eye. Ele cresceu em Nova Iorque, filho de uma mãe francesa e um pai russo que trabalhava no Macy's. Fraiture é conhecido como o membro mais calado da banda. Ele toca baixos como Fender Jazz bass, Rickenbaker e Music Man. Nikolai corta seus próprios cabelos e não fuma. Ele tem uma única filha, Elysia, nascida no verão de 2004, e é casado com uma inglesa cujo nome é Illy Fraiture. Quando a banda The Strokes se separou, 4 anos depois Nikolai conseguiu junta-los novamente.
Salve Niko!!!
Nick Valensi
Nick Valensi é um dos guitarristas da banda nova-iorquina The Strokes.
Nascido em 16 de janeiro de 1981, é o mais jovem do grupo, que atingiu o sucesso quando ele tinha 21 anos de idade. Nick teve que utilizar uma carteira de identidade emprestada para tocar nos clubes. Conheceu Fabrizio Moretti na Dwight School e, vendo que ambos tinham gostos parecidos, resolveram começar a ensaiar juntos. Deixou a Dwight School no Ensino Médio e foi estudar no Hunter College, onde conheceu Nikolai Fraiture. Atualmente é casado com a fotógrafa Amanda DeCadenet e é pai de gêmeos - Ella e Silvan Valensi.
Nascido em 16 de janeiro de 1981, é o mais jovem do grupo, que atingiu o sucesso quando ele tinha 21 anos de idade. Nick teve que utilizar uma carteira de identidade emprestada para tocar nos clubes. Conheceu Fabrizio Moretti na Dwight School e, vendo que ambos tinham gostos parecidos, resolveram começar a ensaiar juntos. Deixou a Dwight School no Ensino Médio e foi estudar no Hunter College, onde conheceu Nikolai Fraiture. Atualmente é casado com a fotógrafa Amanda DeCadenet e é pai de gêmeos - Ella e Silvan Valensi.
Fabrizio Moretti
Fabrizio Moretti (Rio de Janeiro, 2 de junho de 1980) é um baterista ítalo-brasileiro, isso mesmo, BRASILEIRO e radicado nos Estados Unidos da América.
Nascido no Brasil, sua família radicou-se nos Estados Unidos quando tinha quatro anos de idade. Ele é filho de um italiano com uma brasileira. É baterista da banda de indie rock The Strokes.
Ele é co-fundador da Judi Foundation(que hoje ja não funciona mais), uma fundação sem fins lucrativos de incentivo à prevenção e pesquisa sobre diabetes juvenil, especialmente uma forma da doença conhecida como LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults).
Em 2006 o baterista ganhou uma mensagem de amor de página inteira em um jornal norte-americano feita por Drew Barrymore, sua ex namorada. Fabrizio namorou Drew durante 5 anos, desde 2002 até Janeiro de 2007.
Resumindo... ele o "Brazilian Pride" da banda como eles (Strokes) já denominaram o Brasileiro! : )
Ele é nosso e é um orgulho mesmo!
Curiosidades:
Atualmente, mantém um projeto paralelo ao The Strokes, em parceria com Rodrigo Amarante (guitarrista e vocalista da banda Los Hermanos que se encontra em recesso por tempo indeterminado) e sua atual namorada Binki Shapiro, chamado Little Joy.
Fabrizio Moretti (Rio de Janeiro, 2 de junho de 1980) é um baterista ítalo-brasileiro, isso mesmo, BRASILEIRO e radicado nos Estados Unidos da América.
Nascido no Brasil, sua família radicou-se nos Estados Unidos quando tinha quatro anos de idade. Ele é filho de um italiano com uma brasileira. É baterista da banda de indie rock The Strokes.
Ele é co-fundador da Judi Foundation(que hoje ja não funciona mais), uma fundação sem fins lucrativos de incentivo à prevenção e pesquisa sobre diabetes juvenil, especialmente uma forma da doença conhecida como LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults).
Em 2006 o baterista ganhou uma mensagem de amor de página inteira em um jornal norte-americano feita por Drew Barrymore, sua ex namorada. Fabrizio namorou Drew durante 5 anos, desde 2002 até Janeiro de 2007.
Resumindo... ele o "Brazilian Pride" da banda como eles (Strokes) já denominaram o Brasileiro! : )
Ele é nosso e é um orgulho mesmo!
Curiosidades:
Atualmente, mantém um projeto paralelo ao The Strokes, em parceria com Rodrigo Amarante (guitarrista e vocalista da banda Los Hermanos que se encontra em recesso por tempo indeterminado) e sua atual namorada Binki Shapiro, chamado Little Joy.
Albert Hammond Jr.
Albert Hammond Jr. tem 31 anos, nascido em (Los Angeles, 9 de abril de 1980) é um guitarrista americano da banda The Strokes. É filho do compositor Albert Hammond, também músico. Começou com seus primeiros acordes aos nove anos. Fã de all star, sorvete e gravatas, Hammond Jr sempre foi elétrico e teve muitos problemas nos colégios que freqüentou. Criado em Los Angeles, estudou no L'Institut Le Rosey onde conheceu Julian Casablancas, que anos depois o chamou para os Strokes. Foi o último a entrar para a banda, também composta por Nick Valensi (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio Moretti (bateria).
Lançou dois discos solo, o primeiro em 2006 chamado "Yours To Keep" (Rough Trade, UK), com participações de vários músicos como Sean Lennon, Ben Kweller e até o próprio Julian Casablancas, vocalista do Strokes,e o segundo em 2008 chamado "Como Te Llama?".A banda de Albert é formada por Matt Romano na bateria e Josh Lattanzi no baixo. Esse discos são apenas projetos paralelos do músico, ele continua fazendo parte dos Strokes.
Albert Hammond Jr. tem 31 anos, nascido em (Los Angeles, 9 de abril de 1980) é um guitarrista americano da banda The Strokes. É filho do compositor Albert Hammond, também músico. Começou com seus primeiros acordes aos nove anos. Fã de all star, sorvete e gravatas, Hammond Jr sempre foi elétrico e teve muitos problemas nos colégios que freqüentou. Criado em Los Angeles, estudou no L'Institut Le Rosey onde conheceu Julian Casablancas, que anos depois o chamou para os Strokes. Foi o último a entrar para a banda, também composta por Nick Valensi (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio Moretti (bateria).
Lançou dois discos solo, o primeiro em 2006 chamado "Yours To Keep" (Rough Trade, UK), com participações de vários músicos como Sean Lennon, Ben Kweller e até o próprio Julian Casablancas, vocalista do Strokes,e o segundo em 2008 chamado "Como Te Llama?".A banda de Albert é formada por Matt Romano na bateria e Josh Lattanzi no baixo. Esse discos são apenas projetos paralelos do músico, ele continua fazendo parte dos Strokes.
The Strokes Album!
Expectativas para um novo álbum, o que será o 5º deles!
Em meados de março de 2011,em uma entrevista a Shortlist Magazine,Strokes revelou que já tinha começado a trabalhar em seu quinto álbum de estúdio. No entanto, as sessões foram adiadas devido ao processo de mixagem de Angles. Julian Casablancas, Nick Valensi confirmaram que há material novo, bem como a abundância de restos de material.
Em 25 de abril, o baixista Nikolai Fraiture postou um tweet anunciando que a banda estava indo para o estúdio para trabalhar em algumas idéias novas.
Em entrevista à TV Fuse, o guitarrista Albert Hammond Jr. afirmou que a banda estava trabalhando no quinto álbum de estúdio em Los Angeles.
Os membros revelam que eles estão planejando gravar um novo álbum o mais depressa possível.
Julian Casablancas em entrevista recente, afirmou que a banda vai precisar de alguns meses para voltar ao estúdio.
É... agora é esperar, torcer pra que isso não demore e que não pare por aí! : )
Em 25 de abril, o baixista Nikolai Fraiture postou um tweet anunciando que a banda estava indo para o estúdio para trabalhar em algumas idéias novas.
Em entrevista à TV Fuse, o guitarrista Albert Hammond Jr. afirmou que a banda estava trabalhando no quinto álbum de estúdio em Los Angeles.
Os membros revelam que eles estão planejando gravar um novo álbum o mais depressa possível.
Julian Casablancas em entrevista recente, afirmou que a banda vai precisar de alguns meses para voltar ao estúdio.
É... agora é esperar, torcer pra que isso não demore e que não pare por aí! : )
Curiosidades sobre o primeiro álbum e a "polêmica" foto.
Para o álbum, os Strokes se esforçaram para conquistar um rock mais simples que não fosse tão reforçado por efeitos de estúdio. Trabalhando sobre seu lançamento de 2001, o EP The Modern Age, os membros da banda moldaram as composições em grande parte através de tomadas ao vivo nas sessões de gravação, enquanto o compositor Julian Casablancas continuava a detalhar a vida e os relacionamentos da juventude urbana nas suas letras. Após a conclusão do Is This It, os Strokes embarcaram em uma turnê mundial de promoção antes mesmo do lançamento. A fotografia da capa do álbum causou polêmica por ser muito sexualmente explícita e foi substituída nos mercados dos EUA. A lista de músicas na versão americana também foi alterada em virtude dos ataques terroristas de 11 de Setembro.
Promovido pela imprensa musical como tendo um som influenciado pela música pop, Os Strokes ganharam aclamação da crítica e atenção comercial. Is This It foi elogiado pelo seu carisma e ritmo, sendo várias vezes apontado como tendo referências das bandas de garage rock dos anos 70. O álbum foi e ainda é considerado como crucial na formação das outras bandas de música alternativa e da indústria musical do século XXI. Foi considerado por diversas publicações como o álbum mais importante dos anos 2000 e entre os melhores de todos os tempos.
Discografia
The Modern Age (1998-2001)
The Modern Age (EP) foi lançado em 2001 e acarretou numa guerra de interesses entre gravadoras pela maior banda de rock and roll em anos. Posteriormente, foram bastante divulgados, causando uma divisão entre os seguidores do rock e revistas independentes: procurava-se saber se eles eram realmente os salvadores do rock ou um punhado de jovens ricos com nomes legais e cópia do Velvet Underground. As duas bandas eram bastante parecidas tanto pelo estilo vocal de Casablancas, similar a de Lou Reed, quanto pela alternância entre Hammond e Nick Valensi como guitarrista principal, o que lembra Lou Reed e Sterling Morrison.Is This It (2001-2002)
Primeiro disco da banda, Is This It é uma das referências do rock de garagem do início da década de 2000. A faixa "NY City Cops" não fez parte do álbum lançado nos Estados Unidos por conta dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Posteriormente, Slash (Guns N' Roses) tocou a canção com a banda. A relação com o Guns continuou no vídeo musical de "Someday", que mostra rapidamente Duff, Slash e Matt. O vídeo começa com Duff conversando com o vocalista Casablancas e todo o Strokes sentado na mesa de um bar conversando com Slash. Para o vídeo musical de "Last Nite", os Strokes fizeram uma apresentação única, sem dublagem e tocando, aparentemente ao vivo, num programa de auditório de estilo anos 1960. Apesar de, eventualmente, terem lançado vídeos, a banda assinou com a RCA justamente porque foi a única gravadora que respeitou a decisão da banda de não fazer um vídeo musical. Apesar de não se importarem em tocar ao vivo diante de câmeras de televisão, eles se opunham em gravar um vídeo. Em novembro de 2009 "Is This It" foi eleito o melhor disco da década de 2000 segundo a revista NME.Room on Fire (2002-2005)
The Strokes lançaram o seu segundo álbum, Room on Fire, em Outubro de 2003. Recebeu elogios porém foi menos bem sucedido, mesmo sendo ouro nos Estados Unidos, comercialmente falando. O som do álbum tem influencias de bandas como: The Cars, The Ramones e Blondie.First Impressions Of Earth e parada extensiva (2006-2009)
Seu terceiro álbum, First Impressions of Earth, foi lançado em Janeiro de 2006. No Japão, foi ouro na primeira semana de lançamento. Foi também o álbum mais baixado durante duas semanas no iTunes. Fraiture alegou que o álbum foi "como uma descoberta científica." Em Janeiro de 2006, a banda então fez sua segunda aparição no Saturday Night Live, cantando "Juicebox" e "You Only Live Once".Angles (2009-2011)
Em janeiro de 2009, o vocalista Julian Casablancas e o guitarrista Nick Valensi começaram a escrever material para o 4º álbum da banda, a intenção era começarem a gravar em fevereiro. Julian comentou na revista Rolling Stone que eles tinham completado cerca de 3 músicas e que o som parecia uma mistura entre rock dos anos 70 e "música do futuro". No dia 31 de março, a banda declarou em seu MySpace: "Depois de um longo e necessário período de hibernação em que vimos muitos outros projetos musicais surgirem, estamos satisfeitos em anunciar que o The Strokes voltou a todo vapor em sua área em Nova York, compondo e ensaiando novo material para um novo 4º álbum". O disco foi lançado oficialmente dia 22 de março de 2011, apesar de várias músicas pudessem ser encontradas na internet antes dessa data. O lançamento dividiu os fãs da banda, já que muitos atestavam que as músicas não se pareciam com os outros cds da banda. Foi, porém, um sucesso de crítica.O primeiro single do novo álbum, Under Cover of Darkness foi lançado em 09 de fevereiro de 2011
História da banda!
O baixista Nikolai Fraiture e o vocalista Julian Casablancas (filho do empresário John Casablancas) são amigos desde a infância. O guitarrista Nick Valensi e o baterista Fabrizio Moretti começaram a tocar juntos quando ambos estudavam na Escola Dwight em Manhattan. Mais tarde, Casablancas foi mandado para o Instituto Le Rosey, uma tradicional escola na Suíça, com intuito de melhorar seu comportamento; ele havia desenvolvido problemas alcoólicos. Lá, conheceu Albert Hammond Jr., ambos americanos, apesar de não serem muito amigos. Anos mais tarde, Casablancas se encontrou sem querer com Hammond Jr. nas ruas de Nova Iorque.
The Strokes.. quem são eles?
The Strokes é uma banda de indie rock dos Estados Unidos formada em 1998 na cidade de Nova Iorque. A banda é formada pelos membros: Julian Casablancas (vocal), Albert Hammond Jr (guitarra), Nick Valensi (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio Moretti (bateria e percussão). É considerada uma das bandas mais influentes do século XXI.
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